Depois da aula, resolvi alugar um filme, una película tranquila, intitulado - Julie e Julia, para não sair de casa. Têm dias que o meu lar parece um albergue, daqueles poéticos com cores vivas, toalhas floridas, quadros e músicas. Quando estava no Rio de Janeiro, no final de 2009, fiquei num albergue bastante lúdico, no bairro Catete (não lembro o nome), parecido com essa casa em que me encontro. Volvendo ao filme.
A história é sobre duas mulheres que vivem tempos distintos. Uma delas chama-se Julia - cozinheira famosa que vivia em Paris com seu marido, no ano de 1949. A outra, Julie - personagem forte e sagaz, que quer ser Julia, a "celebridade da gastronomia". No entanto, Julie, mulher simples, divide seu trabalho entre ser secretária em uma empresa e cozinheira nas horas vagas. Ela cria um blog para contar seus testes na cozinha e também o seu cotidiano. De início, o blog não é seguido por ninguém, ao não ser pela sua mãe. Posteriormente, as páginas lotam de comentários dos internautas. Enfim, as personagens vão se entrelaçando, cada uma em seus respectivos contextos temporais e sociais. Ora as cenas se fecham na vida de Julie, ora na de Julia. O gosto pela comida, o cheiro que parece invadir a sala, paladares aguçados, e principalmente, o trabalho, são retratados no filme.
Não vou contar o final, até porque dormi um pouco antes de aparecer o the end.
Mas, o exemplo citado cabe bem, pois ontem senti a mesma sensação (imagino) que Virgínia, quando escreveu a frase que citei no início desse texto: "é o acordar que nos mata". Alguns meses atrás, essa frase andava comigo. Sentia dificuldades para escovar o dente, tomar banho, café da manhã, ou seja, a rotina maldita. Porém, o filme me instigou de tal maneira, que acordei com as seguintes palavras na testa, eis aqui as danadas: trabalho, vida, amor, "o acordar é o que nos faz viver". Foi incrível, a dor de acordar foi embora, como nuvens apressadas.
No fim, me perguntei, por que doe tanto? Que medo é esse de viver e enxergar o globo lá fora? Por que não viver como Julia e Julie, amando suas funções cotidianas, tendo o prazer de levantar e olhar a vida de outra maneira?
porque você escreve mas não fala sobre isso?
ResponderExcluir"Se vc acordou é pq está viva, comemore isto, viva mais um dia com alegria, viver vale a pena!" Bjs.
ResponderExcluirÉ incrível como me identifico com as coisas que você escreve, Nati.
ResponderExcluirGosto de ler as suas coisas, de alguma forma a distância fica menor...
Precisamos conversar mais!
Beijos, flor.
Parabéns Nati! Adorei a nova cara do blog!
ResponderExcluirMe identifiquei com o texto, por que será?!!!
Preciso assistir esse filme haha bju