segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nenhum lugar

Como é difícil escrever, principalmente quando estamos superficiais. E me perguntou se o superficial cabe neste blog. Não sei, às vezes pareço estar tão recheada, como um bolo de chocolates em um aniversário de criança. Mas no fundo, quando me questione sobre algo, acabo percebendo que aquele equilíbrio já não é o mesmo, que o olhar mudou, está débil e vazio. Eu sempre digo e tomo como verdade que através da reflexão nos tornamos seres ativos e que de alguma forma pulamos para fora do conformismo, daquela cadeira velha que a tempos está em nossas bundas. Mas duvidar de algo ou questionar, por exemplo, sobre o lugar em que você coloca o seu namoro, família, amigos, nos causa medo, pois desse questionamento paramos em outro lugar, um sítio diferente daquele que estávamos. Dessa forma, podemos reconstruir.

Ontem assisti o filme "Comer, rezar, amar" do diretor Ryan Murphy. Algumas cenas são piegas, e como falar do cotidiano, do amor e de si mesmo sem ser cafona, brega?! Não quero fazer uma crítica ao filme, nem descreve-lo. Quero dizer que os vários temas discutidos no filme como liberdade, conformidade, equilíbrio, auto-conhecimento, casamento dentre outros, fazem parte do nosso "tal cotidiano".

Por último, preciso falar que a personagem principal, interpretada por Julia Roberts, nunca se encontrou em seu casamento, em seus afazeres cotidianos. Ela sempre parecia seus parceiros, sendo um cópia de seus gostos e crenças. Porém, ela resolve viajar e largar tudo para trás. 

E aí está a primeira lição do sábio Ketut: esteja bem com você mesmo, se conheça. Você pode viajar para milhões de lugares, ter dinheiro ou qualquer coisa do tipo, se você não estiver bem, qualquer lugar pode ser, simplesmente, um vazio. 

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