Eu queria, nesta exato momento, estar ao seu lado. Cheirar os teus cabelos como no futuro, um futuro próximo.
Eu arrepio quando você fala: é como um vento que trota fazendo cócegas, querendo passar e deixar vestígios.Eu não sei, sinceramente, por onde andei, mas eu, eu, eu tenho você em todas essas viagens malucas, essas rodas abertas. A gente tem esse dom de girar. Eu fico tonta quando giro e você? Já faz um bom tempo que não ando em roda gigante. Tenho medo de girar e ficar ali num círculo contínuo.Pra quem gira o mundo é tao pequeno. É assim.
Eu queria contar a minha história pra você, como da primeira vez. A minha história está maior, já passaram tantas em mim e surgiram outras tantas. O vento é tao ele, tal como ele. Você já é uma mulher, mas nós sabemos que as mulheres que habitam nossas veias estão por surgir.
A distância de maneira alguma nos separou, tão pouco nos colocou fronteiras reais ou imaginárias. Não criamos histórias, não fomos dramáticas na hora da partida. Eu me permiti sair, você deixou e eu senti que você queria ficar. Eu sai com medo de te perder, no entanto, foi um sentimento muito passageiro, daqueles que não alcançam nem um fio inteiro de cabelo.
Eu sei das suas esquinas e você sabe das minhas. É sentir um perfume particular misturado a outros, e você está ali, no meio de tantos. Eu nunca perguntei pra você quais são os cheiros que te fazem perder a cabeça. Talvez seja um pouco ácido caindo para o doce ou partindo para um damasco amendoim. Lembrei de um cheiro que te faz perder as estribeiras: cheiro de torta de limão, desse eu tenho certeza. Quizá seja cheiro de vinil da década de 70 ou cheiro de "Queridos Amigos".
Eu sei das suas esquinas e você sabe das minhas. É sentir um perfume particular misturado a outros, e você está ali, no meio de tantos. Eu nunca perguntei pra você quais são os cheiros que te fazem perder a cabeça. Talvez seja um pouco ácido caindo para o doce ou partindo para um damasco amendoim. Lembrei de um cheiro que te faz perder as estribeiras: cheiro de torta de limão, desse eu tenho certeza. Quizá seja cheiro de vinil da década de 70 ou cheiro de "Queridos Amigos".
Nós tivemos uma fase de avestruz: enfiamos a cabeça, literalmente. É tão difícil esquecer as histórias, e mais, olvidar das nossas é impossível. Eu quero guardar todas elas, bem lá no fundo. Isso não significa esconder-las, pelo contrário, queremos revive-las todos os dias, no levantar dos olhos, no fazer das sobrancelhas.
As vezes me sinto tão perdida. Uma palavra tua e já me acho. É incrível.
Que sorte a minha, eu te encontrei no meio desse formigueiro mundial. Os encontros não acontecem todos os dias. Encontros de alma. Eu tive poucos ou muitos, depende de onde está e como está.
Quero fugir com você para o lugar mais alta do mundo: não imaginei o monte Everest e nem os Alpes suíços, pensei nos teus olhos, únicos olhos.
Fevereiro bate a porta e a primavera é triste sem você. De modo que combinamos um lugar, um horário, uma data, algo matemático. Isso não nos apetece, o relógio então. Nem me fale em relógio, estou por aqui...
Nos encontramos de supetão então, mas, por favor, o sol deve estar radiante.
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