Nos despedimos de Salta as 5:30 da manha.
Já me acostumei com a palavra despedida. Deixar pessoas, lugares, ruas, becos, amigos, família, cidades, casas. .. o tempo passa e sempre penso que estou preparada para dar adeus, mas quando busco todas essas histórias sinto que fico cada vez mais emocionada e apegada a tudo que encontro por aí bailando no mundo.
Salta é uma cidade especial. Tenho tantos adjetivos, imagens, mas eles estao confusos.
Chegamos em Tilcara as 10:00 da manha. Estava dormindo no caminho e de repente aquele conglomerado de montanhas. Levei um susto e por segundos me perdi... cheguei perto de Deus e eu nao costumo falar dele, mas hoje eu senti essa natureza que quer falar e Deus está, e ele é o universo. Me senti tao pequena, uma formiga no mundo, vagando sem rumo.
Peguei a máquina e num impeto me senti um turista japones que clica sem parar e eles vao engolindo todos os lugares, areias, arvores, gente, mercados, comidas... cultura.
As montanhas em Tilcara fazem chorar, e de novo, eu digo: é coisa divina, magia... saravá.
Quadros coloridos, pinceis... aquarelas do norte argentino. É sério, todas as cores estao aqui, nessas montanhas abencoadas pelos deuses e por nós.
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