sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Se não fosse a palavra...

O tal cotidiano é uma terapia pra mim! Aproximo cada vez mais da palavra, em seu sentido amplo. Quando iniciei minha terapia, a primeira coisa que a Lú (psicólogo) disse: "vamos trabalhar com a palavra". Fiquei com essa frase na cabeça, mas não entendia o sentido para além do literal. Depois de alguns meses, percebi o que ela queria me dizer. E aí, digo sempre para meus amigos e qualquer pessoa que converso - PALAVRA É AÇÃO. 

Depois de vários meses fazendo análise, entendi o quanto as decisões e escolhas são importantes. Até na padaria você tem que decidir entre um pão branquinho e outro mais escuro, dentre outras coisas do cotidiano. A palavra, então, era o primeiro passo. No ano passado tive que tomar remédios para depressão, algumas pessoas diziam - a Natália, aquela que sorri o tempo todo?! Pois bem, dizem por aí que essa é a doença do século. 

No início, tinha várias crises, hoje não me lembro muito bem como eram e nem o que sentia, acho que fiquei inconsciente por quase um ano, fora de mim.  Nunca tive vergonha de contar o que tinha, porque se eu falasse para as pessoas, e foi isso que fiz, acreditava que elas podiam me ajudar de alguma forma. Então, fazia questão de FALAR, não para sentirem pena de mim, mas para eu aceitar a minha condição. Porque é preciso até que se aceite a depressão, para depois disso, tentar supera-lá.

Não faço mais análise, e por isso digo que esse blog é uma terapia, aqui posso falar, contar coisas do meu dia  e de outras pessoas que me cercam. A ação está aqui, a palavra percorre universos distantes, ela vai para outro lado do mundo, ao mesmo tempo em que está tão próxima - diante dos seus olhos agora.  

A partir de hoje vou deixar dicas de blogs para vocês! No site do jornal Folha de São Paulo tem os blogs da FOLHA. Hoje dei uma passada no blog Assim como você, de Jairo Marques! Aproveitem!
 


Um comentário:

  1. Aplausos, demasiadamente eu sei bem o que é isso,a doença do século que nós serca em um universo paralelo sem Paz
    enfim. belo texto !

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