segunda-feira, 1 de outubro de 2012

quando tudo e nada

é... essa coisa de despedida...
despedida que tem ponto...

"começar de novo e contar comigo".

O terminal da vida, a rodoviária dos sonhos, os desencontros... sobreviver a espera. Retiro. Me retiro.
Todos os dias um adeus, todos os dias dessa vida uma perda e não nos damos conta.
Me inflamo de sentimentos, dia a dia, pouco a pouco. Um passeio até a padaria, adeus.
Cinco passos e mudo. Um passo, um copo de vinho, um olhar e mudo. Um conversa rala com o vizinho e adeus. Um filme, acabou. O amor dentro da gaveta. A poeira que insiste. O cigarro que fica. Atrevido. Um sopro no pescoço, me reprimo.
Quantas pessoas irão ficar? Quantos amores? Quantas casas? Quantas camas? Quantas pernas?
Palavras fora de ordem, que bom. Eu, meu deus. Eu já sei.
A distância, a ausência. Os que ficaram, no entanto, nunca estiveram. Nunca.
Ficava tão nervosa quando os argentinos varriam o passeio jogando as folhas no lixo. Folhas mortas, um inverno dolorido. E eu sonhando.
Não quero mais saber de meias-metades-pequenas-palavras. Não. Chega.
Quero sair quando quero,voltar quando sentir que devo voltar. Um consumo interno, desnecessário.
Não quero falar de política senhores.
Não quero amores pela metade.
Quero a Psicanálise, a Literatura, um bom-macio-duro divã. Uma fazenda e um pé qualquer. Mostarda.
Não quero você, nem você, muito menos você.
Saudade de mim. Cheguei, voltei. Calma. E na calma, um adeus...





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